segunda-feira, 31 de março de 2008

Lágrima partilhada


Escorre no rosto
Por causa de alguém,
Por causa de um desgosto
Ou devido a ninguém...

A lágrima singela,
A pura e a agreste,
A sorridente e bela,
Ou a minha de azul celeste.

Entre as pálpebras fechadas
Fruto de uma dor
Conchas salgadas
Abertas em flor.

Nuns olhos abertos
Feitos de loucura,
Roubados ou espertos
Num frenesim de ternura.

Minha mão no teu rosto,
Na minha face a tua,
Admirar-te num posto,
Sentinela da lua.

No meu peito fechado,
Uma lágrima perdida.
Músico alado
Com timbre de vida.

A lágrima tem duas pontes
Que são braços ao redor
Que te abraçam em fontes
Ou num espaço muito menor.

Podes ver-me chorar
Posso limpar-te a face...
Esta pura forma de amar
É amizade sem desenlace...

1 comentário:

Anónimo disse...

Saudades dos teus braços e do teu abraço..

Beijinho*