terça-feira, 20 de maio de 2008

Até ao fim...


Pergunto-me se existes, tu que, como fonte de água viva, brotas do seio da terra virgem, imaculada e fresca, matas-me a sede, que a boca quente ansiava por ter.
Corpo do meu texto, livro aberto onde te descrevo.
Fôlego que me invade de oxigénio, levito, pairo como ave suspensa sobre o firmamento, brilho de estrela, lamento.
Palavras em mim que vestem o teu corpo, nu, que aqueço em mim, retrato desenhado da tua pele, ou, simples saudade que a palavra descreve.
Distância que te trás perto, lugar estreito, rumor que se propaga pelo Universo.
Final, antecipadamente anunciado, abraço, apertado.
Neste lusco-fusco, neste quarto, onde todas as noites és sonhada, jardim, perfumado de essências, lugar sagrado.
Esta noite sou um cântico, voz dos poetas, música celeste que em teus sentidos remexe.
Quebro o silêncio, invado-te com mil palavras em mim, trazendo a luz, criando as sombras que atrás de ti se escondem.
Tu és o livro que a cada dia escrevo e preencho de palavras em mim, até ao dia em que me faltarem páginas, ou o ar que respiro...

2 comentários:

Anónimo disse...

Sublime...

Abraço
Pequena Pat

Suave toque disse...

Descreve bem algo que soa como uma saudade.
Desculpe a ausência, de certa forma presente presente.

"Irradie sempre sua luz em todas as direções, ela encontrará muitos corações necessitados onde germinarão sementes de AMOR e PAZ."

Passo aqui para desejar um ótimo final de semana.

Beijos

Suave Toque