terça-feira, 30 de outubro de 2007

Questão de espaço


Centros comerciais com estacionamento reservado a mulheres grávidas ou cidadãos com deficiência não são novidade. Mas o shopping 8.ª Avenida, inaugurado, há um mês, em S. João da Madeira, decidiu acrescentar lugares exclusivos para... as mulheres, mais largos do que os "normais" e até mais generosos do que alguns dos espaços reservados para deficientes, mulheres grávidas ou idosos.
Muitos sanjoanenses, que não poupam nos elogios à nova coqueluche do concelho, consideram a medida discriminatória.
São apenas quatro lugares de estacionamento, no parque interior, destinados em exclusivo aos clientes do sexo feminino, num universo de 1400. Mas estes espaços, pintados de cor de rosa e que se encontram a poucos metros de outros estacionamentos reservados a grávidas e a mulheres com crianças, famílias numerosas e a cidadãos com deficiência, são os que causam estranheza quase imediata à generalidade da clientela, até às próprias mulheres...
Confesso que a mim também me fez um pouco de confusão esta medida, tanta que resolvi investigar a razão real para esta decisão e eis que encontrei, realmente algumas mulheres precisam de um pouco mais de espaço para estacionar.
Ora vejam...

domingo, 28 de outubro de 2007

Nostalgia


Fico por vezes vagueando,
Perdido por mundos que desconheço,
Sem saber onde te encontrar
Onde me encontrar...
Fiquei em ti.
Perco-me em pensamentos desordenados,
Em que te ter era verdade sem te tocar...
Onde estás agora?
Preciso tanto ter a certeza
Que estás em mim também...
Faço desejos silenciosos
De um tempo que tarda em chegar...
Preciso de ti
Quero sentir-te,
Amar-te uma vez mais,
Abraçar-te,
Falar-te em silêncio,
Com palavras em mim...
Deixar que no céu se escreva
Uma história encantada...
Sonhador,
Sim,
Sou-o agora mais do que nunca...
Tenho no entanto, medo do que sinto
Do que despertaste em mim,
Dos sonhos que me fizeste fabricar,
Da vontade de te ter sempre por perto,
Do não saber, se sonhas também...
Fico sozinho com saudades,
Como uma árvore solitária
Num final de tarde de Outono...

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Derradeiro desejo


Amanheceu e o Sol já brilha lá fora.
Fechei os olhos e desejei baixinho
Que as estrelas brilhassem mais,
Que a lua ainda me iluminasse,
Que a brisa quente de Verão não tivesse partido,
Que o mar ondulasse mais
E que em cada grão de areia
Levado pela água borbulhante,
As minhas mágoas fossem sarando...
Não me lembro há quanto tempo o desejei
Sei somente, que após longos anos
No mesmo local, com o mesmo ardor
Desejei novamente,
O que penso nunca poder ver realizado.
Ao olhar para passagens da minha vida
Percebo que o meu desejo de felicidade
Hoje, tem um significado diferente...
Um passo em frente...
Um retrocesso forçado...
Uma dor que fica...
Uma alegria perdida...
O que não aconteceu plenamente...
Um sonho que se esfumou...
Um horizonte atrasado...
Uma estrada incerta
No vaguear de alguém
Que esqueceu como amar...
Com lágrimas percebi
Que os sonhos nem sempre acontecem
E que a vida pulsa a cada segundo,
Mesmo quando na face rola uma lágrima...
Numa luta infinita de crescer,
De ser melhor,
De poder ver a luz,
Ainda que a escuridão abrace o nosso caminho.
Este é o meu derradeiro desejo,
Que não deixe de acreditar...
Nunca...

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Vermelho vivo


Sim, ainda estou vivo...
Nas veias ainda corre o sangue vermelho vivo, aquecido por um coração que bate sem saber porquê, nem por quem...

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Caloiros LLE 07/08


Já assisti à chegada de muita caloirada, mas nada como esta...

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Infinita felicidade


Longe, mas perto de ti...
Em cada minuto que respiro
Ao abrir dos olhos quando o dia nasce,
Ao adormecer tranquilo e sereno
Por saber que algures,
Uma estrela brilha por mim.
Embalo-me entre recordações
Agora, os mais belos e expressivos dos sorrisos,
Da alegria e do encanto que tinhas.
Sempre soubeste fazer-me acreditar...
E acreditei em ti...
Acreditei em nós...
As saudades,
Essas foram sendo sepultadas
No meu coração agora confiante.
Guardo-as no entanto,
Só para quando permitir-me soltar
Uma lágrima entre um sorriso,
Igual ao que tantas vezes te dei.
De longe te vejo e sinto,
Não sei se mais algum dia te vou chamar...
Deixei-te ir, para onde deverias seguir...
Não te deixo jamais olhar para trás,
Nem me permito desejar que o faças,
Não mais...
Agora que me encontrei,
E que a vontade de esquecer é emergente
Neste peito que já sofreu em demasia,
Deito-me todas as noites e agradeço
Por teres feito parte da minha vida,
Por me ensinares o bom sentido do amor
E que mesmo na tristeza que um dia houve,
A alma grita alto...
De que tudo valeu a pena,
Tu valeste cada minuto que te doei,
Mas tu foste somente uma parte
Da infinita felicidade
Que quero ainda viver...

domingo, 14 de outubro de 2007

Sentimento estranho


Olho o passado
E sei que existiu em mim
De forma tão brutal, tão viva...
Deixo-me render a tal evidência e acredito
Que te amei desesperadamente, tanto...
Hoje pronuncio o teu nome em silêncio,
Procuro-te em desesperada ideia vaga
E assombra-me o medo de já te ter esquecido.
Onde estás agora?
Nossos caminhos separaram-se tão rápido
Quer não pude dizer-te
O quanto foste importante para mim....
O que só tu me fizeste sentir.
Tenho sentido o sabor deste adeus,
Mas nunca pensamos perder
O que achamos poder possuir...
Nunca....
Até acontecer...
E quando acontece,
Sofre-se...
Por não saber se no fundo
Essa possibilidade existia.
Será que é sempre assim?
Sentimento estranho esse,
A que chamam de "Amor"...

sábado, 13 de outubro de 2007

Concretizar sonhos


Se algum dia me perdi nos olhos de uma fada, relembro a cada instante nos dias sufocados que ainda tenho que viver…
Mãos gélidas de um coração palpitante, sorriso esboçado nem sei o porquê…
Vitória de nada perdido, vitória de sentimento ainda não vencido…
Contudo não percebo o porquê de viver com alegria reservada, não entendo nem nunca entenderei o porquê de ilusão já esgotada…
A caminho de casa vi a lua que nasceu para mim, estava linda e radiante como em todos os dias que a contemplo…
Pareceu-me normal, mas diria que ser normal é ser triste, ser normal é não ter objectivos e não oferecer um sorriso ao amanhecer por nada…
Essa lua vive no azul dos meus olhos, cor perfeita para quem me admira, sorriso doce, para quem passa e fica no pensamento…
Mãos delicadas, para que em quem toco consiga tocar, mas tocar verdadeiramente, num coração, numa alma…
Alma essa perdida algures, agora encontrada no meio do nada, no meio de tudo…
Mas quando penso em perder-me encontro-me, como me encontro hoje e agora e venho de volta ao mundo que vale a pena, ao mundo dos sonhos…
Dos meus sonhos, que por vezes são os vossos também…
Quem sabe algum dia, contra todas as probabilidades, os nossos sonhos se concretizarão...

Gato Fedorento, Série II


Confesso que já tinha saudades destes senhores e eles estão aí de volta, melhores que nunca...

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Minutos de silêncio


Do meu corpo deixo evaporar-se o perfume, que qual fumo se enrola no ar...
Do meu corpo desprende-se o sabor, que da pele se evapora no ar...
Dos meus lábios solto a brisa, vento que arrasta de mim a alma no espaço vazio da noite...
No olhar transporto o mar, salgado por entre lágrimas, revolto de emoções, bramindo em convulsões.
É do silêncio que nascem o som das palavras em mim que cantam numa melodia suave, frases que cresceram, se fizeram mulher no teu corpo, se fizeram companhia na tua alma, se fizeram presentes no sonho que criaste para ambos.
Foste mar, tranquilo e sereno que se fundiu no meu olhar...
Das estrelas desprenderam-se raios de luz que iluminaram teu corpo desnudo, foram faróis que me guiaram, desvendando sobre a tua pele os segredos mais íntimos...
Nesse encontro de corpos fundiram-se almas nos céus escuros dessa noite em que te fiz minha, em que me tomaste nos braços e me sentiste, num abraço apertado, que perdeste para sempre porque assim o quiseste...
Tudo que resta agora é o silêncio...

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Pés ao caminho


Sinto uma vontade enorme de sair pela porta da frente e conhecer alguém.
Assim, sem precisar de subir a um pedestal e procurar no meio da multidão.
Não procuro uma super modelo, uma qualquer capa de revista, procuro sim, uma Mulher a sério, livre de qualquer artifício ou artimanha construída para ludibriar mesmo os menos impressionáveis.
Procuro apenas alguém com quem conversar sobre as banalidades do quotidiano como se tivessem a magnitude da mais bela criação artística.
Não procuro alguém a quem eu tenha que impressionar com os mais belos dos discursos, ou com os mais sublimes gestos, ao invés procuro alguém que se deixe seduzir pela simplicidade e honestidade que emprego nos meus actos.
Procuro alguém que se ria porque canto mal, alguém que me dê a honra da próxima dança mesmo sabendo que não sou o mais gracioso dos bailarinos.
Procuro alguém que me olhe nos olhos quando fala, alguém que me ame quando eu menos merecer, porque é nessa altura que eu mais irei precisar.
No entanto como essas pessoas não caem do céu o melhor será mesmo sair por essa porta e por os pés ao caminho.
Quem sabe a rua me indique o caminho certo...

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Saudade


É na ausência de certas pessoas que nos apercebemos a falta que nos fazem.
É quando redescobrimos o seu rosto nas nuvens de algodão, quando sentimos o seu cheiro nas flores do jardim e quando o suave toque do vento nos lembra os doces abraços de um alguém especial.
Mesmo longe, encontramos na saudade uma proximidade que impede a memória dessas pessoas cair no esquecimento.
Mesmo distante, é a saudade que nos dá a mão e nos leva de volta aos mundos que partilhamos com alguém...

Super Blog Awards


As palavras em mim andam por lá, na secção "Pessoal".
Se acharem que mereço conto com o vosso voto ;)

domingo, 7 de outubro de 2007

E tudo Vanessa Fernandes ganhou


Mais uma vitória para Vanessa Fernandes, a 19.ª em provas da Taça do Mundo de triatlo.
Desta feita aconteceu em Rodes, na Grécia, que vale igualar o recorde de número de vitórias na competição estabelecido pela australiana Emma Snowsill.
Até onde poderá ir a Vanessa?

E agora Mourinho?


Muito se tem especulado acerca do futuro profissional de José Mourinho.
Selecção Nacional, Inter, Real Madrid, Barcelona...
O que é certo é que muitos treinadores viram os seus postos ameaçados pelo simples facto de Mourinho estar disponível.
No entanto, acaba de me chegar às mãos a maior revelação do ano, Mourinho vai deixar o futebol para se dedicar de corpo e alma ao mundo da luta livre.
Mourinho irá assinar um contrato milionário com a Raw e para equipa técnica já terá escolhido Jaime Pacheco como adjunto e Petit como responsável do treino técnico.
Depois de Hulk Hogan, Mourinho já é apontado como a maior estrela do mundo da luta livre...
Aqui ficam as primeiras imagens:


sábado, 6 de outubro de 2007

O céu como limite


Faço uma pausa para me conseguir sentir...
É mais que uma pausa para café, um momento, um ritual para me sentir, para me ouvir.
Parado no meio do nada, onde tudo termina, de pés enterrados. . .
Despido de tudo, de olhos fechados senti o sol a nascer, aquecer o meu corpo com a calma de quem segue um ritual diário. . .
Deixei o tempo passar, o sol afagar o meu rosto e envolver a minha pele. . .
Deixei o vento abraçar-me com a força do desejo de ali me levar. . .
Deixei tudo cair para me sentir, para sentir a fraqueza que tenho, que sou e o nada que tenho...
Senti a minha dor absurda, as minhas queixas de criança que quer atenção...
Apreendi, ou talvez não, a ter a calma de alcançar o desejo, o beijo. . .
Mas o querer é tão grande que tudo se perde na eternidade da existência. . .
Uma vida não é mais que uma longa aventura e afinal quem é que não quer viver para sempre?

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Um dia como os outros


Hoje é um dos dias em que apenas me apetece ficar a olhar o vazio, a pensar no que fui, no que sou e na dúvida do que serei...
A sentir um descontentamento sem saber o porquê...
A tentar descobrir em mim mesmo o que me faz acordar todos os dias...
Por vezes, só me apetecia ficar de olhos fechados e tentar não pensar em nada...
É apenas mais um dia como os outros...

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Virar a página


Um novo sol que nasce
Pelo meio dos montes...
Um novo parágrafo,
Um novo capítulo até...
Mas a história,
Essa,
É sempre a mesma...
Nada muda,
Tudo continua,
Num traço infinito,
Seguido por linhas paralelas
Que por vezes se cruzam
Sem nunca se tocar na verdade...
Cada dia é um virar de página,
De um livro escrito à mão
Com sentimentos e emoções...

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Vulto de mulher


Passeio feito vagabundo por ruas que conheço e que desconheço o nome.
Olho em volta e sinto-me só, todos caminham para um lugar preciso, todos caminham com alguém, para alguém e eu, eu caminho só para lugar nenhum.
Caminho em busca do fim, de um qualquer fim, do fim da estrada, do fim da vida, do fim da dor....
Um corpo cansado e disforme pendurado na vida por um fio, uma linha fina e preta como o pensamento que o preenche.
Atravessava as pedras da calçada, caminho da minha vida mas ouvi alguém chamar-me e parei. Sentei-me e senti o calor da lua cheia...
Deitei-me num banco de jardim e fechei os olhos...
Sonho com alguém que não conheço, alguém que me guie e mostre novos mundos...
Um vulto de mulher que me leve daqui...

Trabalho árduo

Virtualidade real


Escrevo num gesto expressivo para quebrar a solidão dos meus dias, acompanhar-te na solidão das tuas noites, por entre todo o silêncio a que te votas, abraçado nesse mar que nos separa...
Escrevo-te na busca da perfeição, na onda distante que a alma agita, como um poeta que não rima...
Escrevo-te porque quero ser a chama da tua fogueira, porque quero ser a luz tremula que te ilumina a alma, a companhia que na distância te acalma.
Descubro-te, simplesmente pelo instinto, pelo sabor que provo no vento, gosto teu que me toca, instante aberto em que me entregas a verdadeira essência de ti...
Desenho-te sabendo-te de cor, como se tivesses sido minha alguma vez, como se apenas te tivesse tocado, abraçado, beijado...
Invento-te, na luz do dia, para que sejas real nos sonhos da noite...
Escrevo-te, mesmo sabendo que por vezes não me vês, mesmo sabendo que já não me sentes, ainda assim te escrevo, com todas as metáforas que conheço, torneando cada palavra em mim, embutindo nela o sentir que reluz como mil estrelas.
E tu, aí sentada, olhando a janela e vendo passar lá fora o mundo, perguntas-te, sou eu?
E eu respondo-te, sim és tu, tu mesma, que agora descobriste nas minhas palavras os teus sentimentos, nas minhas metáforas a virtualidade real que vivias procurando...