terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Comunicado


Caros leitores,
Por motivos técnicos não me tem sido possível actualizar o bolgue com a regularidade a que vos habituei.
Quero desde já agradecer a preocupação de alguns, mas estejam descansados, o blogue não vai acabar ;)
Prometo, que assim que as dificuldades estejam ultrapassadas, as palavras em mim voltarão com toda a força e sentimento que lhe são características.
Até breve...

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Criatura


Não sou mais que uma mera criatura, perdido neste mundo cada vez mais desumano...
Sou apenas mais um ser humano ciente que tenho na minha existência a capacidade de admitir que estou errado e que estou certo.
Sou ainda mais humano quando duvido sobre os meus erros e certezas...
A dualidade da minha força estende-se ao facto de conseguir, eu próprio, enfrentar as adversidades da vida...
Sorrio porque ao contrário de muitas outras criaturas, eu sou dono do meu próprio destino...

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Estrelas de Fevereiro


Varrem os céus desta noite numa explosão de luz, como se o mar houvesse empurrado a onda contra o cais, como se o vento soprasse uma rajada que leve a areia da praia.
Fogo desperto, erupção constante de sentidos aprisionados, libertados pelas palavras em mim, escritas, sentidas, de um corpo indolente, naufragado no oceano da solidão, por um instante, em pleno turbilhão, se eleva e se faz luz, na plena escuridão...
Abro em mim a caixa de Pandora, segredo escondido que trago na mão, chave mestra que abre o coração e despe a alma...
Planto sementes de letras neste solo fértil, de onde nascem árvores de palavras em mim com força incontida, libertando os desejos, acordando as paixões outrora escondidas das multidões...
Sinto a força, a energia que se desprende, de um corpo despido, prazer contido à espera do segredo, palavra mágica que soltará de mim todos os sentimentos, explodindo num mar imenso de letras feitas de espuma das ondas que a praia abraça...
Sou turbilhão, constante emoção, que em raios de luz percorre o Universo qual fogo de artifício...
Estrelas de Fevereiro em pleno céu...

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Apagado


Lavaste-me da tua alma.
Eliminaste cada réstia de sentimento que outrora existiu.
Um passado esquecido, um presente não mais vivido e um futuro abortado.
Quando ainda sobreviviam pequenas lembranças do que já foi, apagaste as palavras em mim, que foram para ti...
Agora mais não sou do que um corpo levado pelo vento...
Mas, sabes que mais?
A única coisa que consigo fazer é esboçar um sorriso irónico...
Apagaste-me quando na realidade eu já estava apagado...

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Grito na noite


Confundo-me na escuridão da noite,
Minha alma grita por dentro
E ensurdeço neste vazio.
Escuto vozes à minha volta
Que soltam palavras sem sentido.
Vejo sorrisos tristes,
Solidões acompanhadas...
Que me rodeiam,
Que me assombram,
Memórias de quem um dia, já fui.
Pergunto onde perdi a alma,
Poderei regressar?
Voltar a sentir-me como um todo,
Juntar todas as minhas peças,
Sentir-me completo...
Perco-me nas ruas escuras,
Que me levam sempre a lado nenhum...
Sozinho fico,
Perdido numa rua negra,
Onde todos me olham,
Mas ninguém me vê...

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Piano sem rumo


Os dedos caminham
Nas teclas de um piano sem rumo...
Sou um ser perdido na imensidão do mundo
Tocam-me partículas mundanas
Que me vão salpicando de vida...
Serei simplesmente eu a fazer de conta?
Quando saberei para onde caminho?
Quando descobrirei o meu sentido,
A minha estrada?
Quando voltarei a ser o ser decidido,
O ser com alma?
A alma aberta para a vida de certezas,
O ser liberto para o mundo?
Sem respostas...
Não sei o que sou,
Nem para onde vou.
Sou simplesmente um ser vagueando
Ao som de um piano sem rumo...

Sozinho


Sinto-me só...
Solidão, uma estrada do interior coberta de pó.
Tudo seco, luz e escuridão...
Ar fresco que não refresca o interior...
Anseio um pedaço de vida que retorne, que regresse a mim.
No entanto não regressa...
Deambulo então por este caminho sem azul...
Sem um final feliz...
Sozinho...

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Voa


Empurrado por uma réstia de esperança, parto numa viagem em direcção ao infinito...
Procuro em todas as dimensões, escutar os prantos dos que sofrem...
Deambulo pelas ruas desertas das cidades, pelos portos vazios de barcos, cais de lágrimas que chorámos...
Voo por entre corações quebrados, olhos molhados pela saudade do que não encontrei...
Acariciei o teu rosto, e num sopro, sequei-o, desenhando-lhe um sorriso. Ofereçi-te a minha alma, em troca de doces e meigas palavras. Entreguei-te as letras, metáforas da minha essência para que descobrisses a luz que brilha em meu peito.
Fiquei, abraçando cada desespero, transformando cada lamento em profundo sentimento que te deixei...
Minhas asas aconchegaram o teu corpo desprovido de roupas, apuraram-te os sentidos, reconstruiram-te a alma, com pedaços do meu próprio ser.
Disse-te aquilo que sentia, limito-me a ajudar-te a descobrir-te...
Deixei-te em minhas frases o alento de que precisavas para seguir em frente, a confiança que havias perdido ao longo do caminho e, o teu amor próprio, que não sabias onde o havias perdido.
De feridas saradas, com um sorriso no rosto e asas abertas, tomaste o rumo do vento, e eu soprei, para que ganhasses altura...
Vi-te seguir em frente, até ao fio dum horizonte onde nunca pensastes chegar...
Cansado, e com o despontar do dia a queimar-me o olhar, parti, vazio por dentro, foste tudo para mim, mas caminho agora pleno na alma, orgulhoso por ter-te ajudado a levantar voo, e volto sozinho em direcção ao meu porto de abrigo, concha em que me fecho para repousar, até uma nova noite acordar.


quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Palhaçada do costume


Acabou o Carnaval, é altura de tirar as máscaras de felicidade e voltar à vida num país governado por foliões profissionais, aos quais carinhosamente damos o nome de "POLÍTICOS"...

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Legado


Sonho em preencher a minha vida de palavras, de textos que me fazem sonhar, me fazem reflectir...
Textos que se têm de ler nas entrelinhas.
As palavras ditas são como o vento, não se vêem, e o tempo acaba por levar e ficam esquecidas no tempo...
As palavras escritas permanecem...
É por isso que escrevo...
Para que os meus pensamentos não caiam na poeira do tempo e voem para se desvanecerem no ar...
Escrevo para que as palavras adquiram significado...
Para que testemunhem o meu mundo interior...
Para que descubram o meu coração e mais tarde se lembrem de mim...


segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Pedido


Será muito pedir o céu?

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Unicórnio


Vivo preso numa procura constante, vazio perpétuo que me segue como sombra, na longa caminhada...
Sou letra que forma palavras, palavras em mim...
Sou frase desfeita, feita de nadas...
Anjo perdido em busca do céu, viajante à deriva por textos sem sentido.
O mundo que levo no peito, silêncio contido nas letras que escrevo, luz e saudade, esperança e eternidade...
Bebo de ti, gotas de inspiração, colho-te do peito a própria invenção, metáfora, sentido, até ilusão. Matas-me a sede, com teu sopro de vento, afagas-me a pele com teu sentimento.
E nasço, a cada frase tua, em cada sonho que te faço viver...
E morro, a cada silêncio, na escura solidão da noite, por saber que apenas és as letras das palavras em mim...
Vagueio pelos textos que crio para ti, como se me lesses em cada olhar que imagina a palavra, como se fosses real.
Encontro-te, cruzamo-nos nas dimensões em que vivemos, passamos sem nos tocar, deixamo-nos ficar, a olhar...
Segues o teu caminho, eu o meu unicórnio, adormecendo sobre o livro em branco da vida, na esperança que o amanhecer me traga as palavras em mim que te concedam vida ao escrever...