domingo, 3 de fevereiro de 2008

Unicórnio


Vivo preso numa procura constante, vazio perpétuo que me segue como sombra, na longa caminhada...
Sou letra que forma palavras, palavras em mim...
Sou frase desfeita, feita de nadas...
Anjo perdido em busca do céu, viajante à deriva por textos sem sentido.
O mundo que levo no peito, silêncio contido nas letras que escrevo, luz e saudade, esperança e eternidade...
Bebo de ti, gotas de inspiração, colho-te do peito a própria invenção, metáfora, sentido, até ilusão. Matas-me a sede, com teu sopro de vento, afagas-me a pele com teu sentimento.
E nasço, a cada frase tua, em cada sonho que te faço viver...
E morro, a cada silêncio, na escura solidão da noite, por saber que apenas és as letras das palavras em mim...
Vagueio pelos textos que crio para ti, como se me lesses em cada olhar que imagina a palavra, como se fosses real.
Encontro-te, cruzamo-nos nas dimensões em que vivemos, passamos sem nos tocar, deixamo-nos ficar, a olhar...
Segues o teu caminho, eu o meu unicórnio, adormecendo sobre o livro em branco da vida, na esperança que o amanhecer me traga as palavras em mim que te concedam vida ao escrever...

2 comentários:

Anónimo disse...

Qual o segredo penetrante desse seu olhar q conduz meus sentimentos ao desejo, olhar q provoca delírios, inconsequência das minhas emoções...viajo...fascinada por este olhar.Loucura de uma realidade, algo q me prende, me rende, q gosto...faz delírios dos meus sonhos, loucuras com o meu coração.Será um sonho q terei q eskecer?Não importa, pois...
SE NÃO FOSSE UM DIA O TEU OLHAR...
Bjs lindo!!!!

Anónimo disse...

Ao ler-te, lembrei-me da belíssima canção "Unicórnio Azul", do Sílvio Rodriguez... Se puderes, pesquisa e ouve-a com atenção (é linda!).
Bj.