segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Vulto de mulher


Passeio feito vagabundo por ruas que conheço e que desconheço o nome.
Olho em volta e sinto-me só, todos caminham para um lugar preciso, todos caminham com alguém, para alguém e eu, eu caminho só para lugar nenhum.
Caminho em busca do fim, de um qualquer fim, do fim da estrada, do fim da vida, do fim da dor....
Um corpo cansado e disforme pendurado na vida por um fio, uma linha fina e preta como o pensamento que o preenche.
Atravessava as pedras da calçada, caminho da minha vida mas ouvi alguém chamar-me e parei. Sentei-me e senti o calor da lua cheia...
Deitei-me num banco de jardim e fechei os olhos...
Sonho com alguém que não conheço, alguém que me guie e mostre novos mundos...
Um vulto de mulher que me leve daqui...

3 comentários:

Anónimo disse...

"Quisera eu ser esta mulher com quem sonha, e não conheces, alguém que te guiaria e pudesse te mostrar esses novos mundos que desejas conhecer, quisera eu ser este vulto de mulher e pudesse traze-lo até mim."

Anónimo disse...

não me atrevo a comentar... já nos cruzamos nesta calçada, não tenho dúvidas.

Pat, a pequena

Suave toque disse...

"Preciso virar a página de um livro, antes de ter lido toda ela, mas não sei como, poderia me ensinar"?
Ate mais, bjs