sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Escrevo-me de novo


Escrevo e rescrevo as palavras em mim que se soltam no meu peito...
Estes meus versos são feras indomáveis, gritos que ecoam pelo tempo árido e seco em que vivo, são tórridos pensamentos que emanam esforço e magia.
Olho pela janela como quem olha com o coração...
Procuro a realidade atrás deste meu mundo imaginário, abraço qualquer sinal fugaz de motivação que ecoe em minha visão...
Vejo ou penso ver, não é significativa a acção, o que me faz mover o intelecto em espasmos de ansiedade e devoção...
Floresce em meu peito a vontade, a inércia necessária à escrita, à minha escrita, ao meu estilo, à minha expressão, à minha liberdade, à minha essência, às palavras em mim, concluo eu...
Escrevo porque padeço de essência, de movimentos figurativos e personificados do real, de personagens fictícias do meu eu quotidiano, escrevo porque sou um predestinado à revolta emocional, à liberdade libertadora.
Escrevo porque estou vivo...
Abro este meu caderno empoeirado, com a sua capa grossa que esconde as paisagens que pintei no passado, os sentimentos simulados num sufrágio emocional...
Revivo a memória esquecida e aprendo o que já assimilei...
Espero que as horas se sucedam com a mesma liberdade que um dia idealizei...
Abro, leio e volto a escrever-me...

1 comentário:

bonhamled disse...

Agradable y musical lengua portuguesa donde la poesía siempre tiene un poco de fantasía marina y verdor.

Enhorabuena por el blog.

Nice and musical portuguese languaje where poetry has some special marine fantasy and greenery

Congratulations for the blog.