quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Ausente


Fecho a porta, apago a luz e recolho as asas...
Deixo as palavras morrerem no peito, o jardim deixa de florescer à falta de raios de sol, de chuva que o avive...
Esta noite não faz mais sentido, não tem qualquer cabimento quando as letras se repetem em frases ocas, em textos perdidos em desvarios da mente que à falta de ter aquilo que não encontra se limita a brincar com os sentidos, com a alma, como se fosse bola em mãos de criança...
Recolho-me, enrolo o corpo sobre si próprio, como se fosse um envelope que se fechasse por dentro, selo a alma, apago a luz e as letras deixam agora de brilhar, palavras mortas, metáforas gastas num prenúncio de fim...
Não estás, não estou, aqui, já, para te abraçar, para me abraçar...
Por mais braços que invente, não encontro nas palavras os sentires que me permitam tocar, tocar-te...
Hoje, como ontem, não vieste...

2 comentários:

Anónimo disse...

Um texto cheio de simplicidade, despertando o desejo de acarinhar o autor.

Anónimo disse...

"Hoje, como ontem, não vieste..."

ui que anda para aí uma faltas como eu! lol
deve ser boa menina :)

beijo enome meu anjo
da pequena
(abraço)