domingo, 9 de setembro de 2007

Tudo ou nada


"Tudo" é uma palavra demasiadamente forte que não gosto de usar, especialmente depois de constatar que, por vezes, basta uma fracção de segundo para que o “Tudo” se transforme em “Nada”.
De repente sente-se a vida passar diante dos nossos olhos, como se de um filme se tratasse e vem de novo aquela sensação de que "Nada" é permanente e "Tudo" é efémero.
Por isso junto-lhe mais duas outras palavrinhas malandras: "Nunca" e "Sempre"… e a lista das palavras proibidas fica completa.
Proibidas é uma forma de expressão, pois para mim nada é proibido, pelo menos em pensamento.
"Sempre" é daquelas coisas que não parecem ser verdade, especialmente quando pretendem referir-se a sentimentos ou estados de alma…
"Nunca digas nunca" - diz o velho ditado e parece que nunca é algo que não podemos mesmo dizer com convicção.
Não quero, nem gosto é daquelas pseudo certezas, como as afirmações daquelas pessoas, que dizem à boca cheia: "quero-te para sempre", ou: "ele nunca me deixa" e de repente, aquilo que parecia ser "Tudo" transforma-se em "Nada"...
Isto, porque as pessoas não querem viver na verdade e arranjam todos os subterfúgios para permanecer numa vidinha de mentira muito conveniente para o social, mas oca por dentro e desprovida do realismo que quero para mim e para os meus.
As verdades podem doer, mas é preferível viver com alguma dor, do que permanecer numa mentira que anestesia as mentes e as impede de ver o brilho do sol reflectido em alguns olhares e sentir o calor e o frio, tanto o do tempo, como o dos nossos corações.
O meu, garanto, felizmente está bem recheado e calor é coisa que não falta por aqui…

2 comentários:

Anónimo disse...

Tudo que li nesnte momento, neste poema, significa tudo que tenho dentro de mim, o hábito de dizer, "nunca diga nuncz, nada dura para sempre e que a vida é feita de momentos."(Quisera eu...ir além do oceano.)

Anónimo disse...

Gostei muito desse "Tudo ou nada" ... quanto a esse calor que tens por aí, preciso dele aqui.. :)