sexta-feira, 1 de junho de 2007

Paneleirices


Vou tentar escrever este post sem usar palavras que não estejam presentes no mais púdico dicionário de língua portuguesa.
Hoje ouvi a seguinte conversa entre duas crianças e de certeza que já ouviram um diálogo semelhante a este:
"- Vou-te ao rabo.
- É pá, és mesmo larilas, tanto é gay quem vai como quem recebe."
Há aqui um falsa ideia que importa desmascarar e que é a seguinte: é ponto assente que são ambos uns ganda panascas, mas mesmo assim o passivo é um bocadinho mais panasca que o activo.
Esta ideia baseia-se no facto do activo fazer o papel de homem.
Mas vejamos: o passivo pode ser um garanhão que depois de tantas relações com belos espécimes do sexo oposto tenha sido levado pela curiosidade de saber qual era a sensação de ser, digamos, penetrado. À falta de uma vagina, teve que se desenrascar com o que tinha. Mas mesmo assim pode continuar a gostar mil vezes mais de mulheres. E mesmo que tenha gostado da sensação e repita a experiência sempre que possível, ele pode fazê-lo por gostar da sensação física e não por gostar de homens.
Agora o activo, o que procura neste encontro: uma relação anal?
Ora bem, que se saiba todas as mulheres têm também um rabinho. Apesar de haver algumas mais renitentes a utilizá-lo para fins que não estejam englobados no processo digestivo, o facto é que o têm e o podem usar, nem que para tal seja necessário investir em flores e vaselina. Assim, o penetrador numa relação inteiramente masculina é sem dúvida o mais panasca, porque não está a procura de novas sensações ou a ter essa relação por ser a única forma de ter essas mesmas sensações. Está nessa situação porque gosta mesmo de estar com um homem.
De salientar que isto não invalida o facto de ambos já pertencerem indubitavelmente à classe dos profissionais que se dedicam ao fabrico de panelas.
Espero que este texto vos tenha deixado a todos mais esclarecidos. Em futuros posts irei desmitificar outras verdades que temos como absolutas.

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