segunda-feira, 18 de junho de 2007

Voz escrita


Palavras ao sabor do vento
Flutuam até teus olhos.
Talvez se as pudesse recitar
Teriam maior valor,
Mas como Pessoa
Escrevo a Ophélia.
Perco-me nos versos
Rendo-me aos verbos.
Encantei quem me lia
Com esta voz que ecoa
Nos montes do amor,
Nobre alma a gritar.
Acalmam-me amigos velhos
Há-de chegar o meu momento

2 comentários:

Maria P. disse...

E eu rendo-me a tua escrita.

Beijinho*

Daniel disse...

Palavras... lembro-me certa vez que Magritte pintou um quadro, perguntaram o nome dele, então pintou bem acima, no cabeçalho: Isto não é uma maçã!
Um desses senhores vulgar perguntou então o que é, ele disse: o nome do quadro já diz, isso não é uma maçã, e se eu tivesse que definir o é uma palavra eu diria, uma palavra não é uma palavra.