quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Refúgio das horas tristes...


Sentado na praia, no local onde a água beija a areia, no limite entre a Terra e o Mar, quero partilhar com ambos a minha solidão, a minha vontade de ficar só.
No limiar do momento, deixo atrás tudo o que não ganhei, olho o infinito sem ver o que vem, vivo apenas o prazer deste momento em que me deixo envolver pelo silêncio.
Absorvo todos os sons que o horizonte me trás...
Sinto, o toque da água fria deste mar que me afaga os pés...
Deixo que o espaço me devore na solidão deste instante, em que o dia adormece nos braços da minha noite.
Deixo que os pensamentos resvalem para este oceano que à minha frente se agiganta, afogando-se no sal desta água pura...
Espero, libertar-me aqui, na beira deste abismo, deste corpo velho e usado, e ganhar asas para voar de novo, numa liberdade há muito conquistada.
Aqui sentado, espero que a noite me abrace num prolongado momento de solidão.
Mas a noite demora a chegar e eu não mais desejo estar sozinho...
O ombro amigo...
Refúgio das horas tristes...

3 comentários:

Tita disse...

o problema é qdo keres ter um refugio mas so te surge um divagueio

alfabeta disse...

É sempre bom ter um ombro amigo, mal daqueles que não o tem, uma das riquezas da vida.

Pinceza disse...

"...deixo atrás tudo o que não ganhei..."
Deixa para trás tudo o que não taras felicidade e luta por tudo o que te traga gloria e alegria...
Beijos...