sábado, 11 de agosto de 2007

Voz de um poeta...


Escritor de sonhos,
Através de palavras de desejos escondidos...
Solidão entre cada letra...
Tinta derramada em cada página,
Vasculhando nas lembranças,
Uma qualquer esperança para viver
Numa folha branca de papel...
Vou escrevendo frases,
As pernas cruzadas,
Os olhos fechados,
A cabeça baixa no terminal de estrelas ausentes...
No corpo a roupa rasgada,
Líquida imagem desse músculo de dor e intriga
Percorrendo o sangue com parágrafos sucessivos.
Sonho por entre as fendas do coração,
Escrevendo mesmo com os dedos ensanguentados,
Espremido pela mágoa acesa em brasas,
Reluzindo cada lágrima num verbo...
Reconheço agora a palavra serenidade
Turbilhão de sentimentos justapostos,
O sol alto fora da casa outrora rodeada de fantasmas,
Como farpas que se cravavam no corpo jazido
E a imensidão do mundo contido num breve silêncio
Em que as palavras em mim se soltam roucas.
Assim é a voz de um poeta...

1 comentário:

Maria P. disse...

Voz que murmura o sonho de cada um, sublimemente.

É bom estar de volta, beijinho*