quarta-feira, 30 de maio de 2007

Conto de fadas


Sombras diversas entranhadas num jasmim que navega num barco de ansiedade e de loucura, abrem de instante em instante o contacto com a seda.
Aviso o silêncio de que chegarei mais tarde às palavras que a chuva leva nas vertentes do este, pintadas por um manto verde, de verdade que me entrega, que me suaviza no delírio do nevoeiro.
Tenho medo das alturas, das saudades infindáveis que desgastam o meu peito à procura da luz.
Talvez sobrevoem as nuvens dos meus olhos e abram caminhos para a neve dos caminhos.
Os caminhos onde sou como um cisne ausente, mas um patinho feio em crescimento...
Escuto apenas o som da alma que treme, a privacidade do coração que tu agora conheces.
Hoje há histórias que canto, há histórias que ignoro, há coisas que não faço por não saber.
Amanhã estarei no teu peito uma vez mais.
Como hoje...
Como ontem...
Como se a vida já tivesse sido transposta.
Os anjos percebem os meus limites, desafiam-me a abrir as lágrimas e sorrir.
E sorrio...
Porque existes...
Daqui vemos o pôr-do-sol...
Daqui vemos a terra onde estamos...
Daqui vemos as cores...
Assim há luar...
Há árvores nuas que nos vestem a respiração.
Assim acredito...
Que um dia para ti serei especial...

1 comentário:

Serenity disse...

Realmente és um homem muito apaixonada!
E a razão da tua paixão sabe quanto a amas?