sexta-feira, 4 de maio de 2007

Dentes-de-leão


Parei em frente a um descampado repleto de dentes-de-leão.
Aquelas florzinhas que quase não se vêem de tão leves...
Que balançam, balançam no vento...
Até que se soltam, para onde a vida ordenar.
Semente, semear.
É este o processo natural da vida...
Que o vento não é mau, é só o beijo leve que nos faz acordar.
Que nos faz largar do que sabemos e nos mostra a nossa verdadeira natureza sem peso...
Que nos leva longe, longe, para fazer o que o destino nos traçou.
Semente, semear.
É este o processo natural da vida...
Que pessoas são brisas, que nos sopram para longe...
Enquanto nos agarramos firmemente aos galhos das árvores...
Pobres flores...
Que não notamos que o nosso destino é voar...

1 comentário:

cristóvão silva disse...

conheço mais essas flores por aquele jogo que se fazia quando éramos putos:"o teu pai é careca ou cabeludo?" lembras-te? lol