quarta-feira, 2 de maio de 2007

Musa inspiradora



Tu és a inspiração, não minha individual, mas sim a manifestação livre, espontânea, real do pensamento e da emoção.
Ganho sempre com o que sinto, provo ou experimento. E tu, para mim, és geradora de desejo e sensações. Sensações enleadas num turbilhão de questões sem resposta, de palavras afirmadas, sem que tenha reparado nas perguntas.
Como expressar aquilo que sinto?
Como te demonstrar que provocas por dentro um grito faminto por mais um momento?
Só mais um. Colorido, por mim, por ti, talvez por nós.
Como posso deixar de querer sempre mais e mais, se tu és o sonho que o amor satisfaz, a ternura que me dá paz.
Perco-me na metáfora da tua presença, pois vivo na ilusão desta paixão tão intensa.
Pasmo com esta incapacidade de te definir, mas talvez, tudo se resuma em aquilo que não quero sentir, ou que temo ouvir-te dizer...
Que tortura deliciosa é esta saudade, este suspiro contínuo que, por vezes, me distrai de tudo o resto e me faz querer voar até ti.
Ocupa-me tempo, este desejo, desmedido.
Tempo que perco imaginando que, por um segundo, aí onde estás, sintas que te toco, que deslizo os lábios na tua pele, aspirando o teu cheiro, envolvendo-te no meu desassossego.
No fundo, tudo aquilo que já sabes, mas que repetimos, até que se concretize quem sabe um dia...
Por muito que analise, perco-me em cada olhar teu. Os sentidos viajam convertendo-se em terminais de prazer, alucinado, intemporal.
Em cada palavra delicio-me com a doçura que me dedicas. Tudo é ritmado num fluxo perfeito. A paixão com que impregno o meu modo de te amar, o carinho que desenfreia em loucura, o abraço que incendeia.
Adoro a tua cara de sono e o timbre da tua voz a dizer-me as palavras mais doces. Adoro-te porque, me fazes rir, sempre que pensas que somos iguais. É como se existirmos num mesmo espaço sempre tenha sido verdade, a verdade do nosso momento.
Divirto-me em descobrir-me subitamente ciumento...
Adoro-te porque, te tento descobrir e decifrar e sempre que me apertas de encontro a ti quando me cumprimentas, o mundo gira devagar, como num filme em câmera lenta.
Gosto de tudo em ti, ou pelo menos, estou disposto a isso. Por tudo que consigo retirar e por aquilo que vejo que tens para me dar.
Gosto de te observar enquanto conversas comigo, gosto de como me beijas quando eu chego, de perto, as cores dos teus olhos.
Esqueço-me numa parcela de espaço indefinido, finjo que é nosso, aquilo que, na verdade, nunca foi de ninguém.
Vejo que mesmo roubando ao tempo o momento, a louca aventura está, neste sentimento, imenso, que existiu e persistiu.
O nosso compromisso de amizade, único e derradeiro, poderá bem ser nunca esquecer, este sonho de bem querer.
Somos matéria perdida no tempo que roubámos e esquecemos de devolver.
Transformo-te neste texto, para te tocar, sempre que deseje...
Descrevo-te numa metáfora nossa, para que, por um dia, pela paixão que correu através de uma caneta, tu me tenhas pertencido.

1 comentário:

Anónimo disse...

...
sem palavras
...

Os meus sinceros Parabéns