sábado, 21 de julho de 2007

Bola de sabão


Bola de sabão de um coração profanado
Veio devagarinho assaltar-me a timidez,
Assolar-me a tranquilidade,
Cravejar-me de saudades
A maresia circundante da minha pele.
Ouço vozes de escárnio aguçado,
Permito-me ouvir sem saber
Aquilo que me dizem os monstros
Que habitam as casas
Construídas pelas minhas mãos feridas.
Escrevo no bloco de notas
As palavras em mim para o momento
E nada cresce mais devagar
Que a felicidade efémera.
De repente a fina bola de sabão
A quebrar-se em mil partículas...
Bola de um coração profanado
Pelos demónios sem perdão,
Levando do meu ser a última esperança...
O último raio de sol do teu sorriso...

3 comentários:

Nanny disse...

Ainda bem que os nossos corações não são como bolas de sabão... já bem basta o quanto os magoamos e ferimos assim, agora imagina se estoirassem mesmo!

Um beijo

Maria P. disse...

Outro raio de Sol nasce, há sempre outro...

Beijos*

Tita disse...

bolinha de sabao... tanto cuidado para a fazer, nenhum para a manter!