sábado, 28 de julho de 2007

Cais deserto


Horas passadas sentado no cais de onde parti,
Quem sabe desta vez para não mais regressar.
Deserto aquele cais ficou...
Noites esquecidas diante do fogo das estrelas
Desfazendo-me na cinza de cada passo.
Lágrimas que me transformaram a pele em gelo
E o coração triste num glaciar sem sentido.
Palavras escritas em folhas sem nome
Porque a vida se limitou a passar.
Sorrisos ausentes numa alma quase demente,
Num corpo cheio de loucura em busca da ternura.
Um tempo...
Um gesto...
Um olhar que se apagou...
Um coração...
Uma vida...
Um sonho que acabou.

1 comentário:

Dispersidades no tempo disse...

Um gesto,horas passadas,rastos ausentes,limitados pela ausência de palavras que nunca existiram.
Bom fim de semana
Bjs Zita