segunda-feira, 2 de julho de 2007

Eternidade do sentir


Eu sei que és tu.
Como poderia ter uma dúvida que fosse sobre isso?
Deitada nesse lugar que tentas observar?
A lua que te entra pela janela, ou o desenho que faço no ecrã do teu computador para te dizer que não estás sozinha?
Fica tranquila, descansa, não tenhas medo de nada, nem te deixes levar pela tristeza, eu sei como ela é e o que nos faz de mal.
Sorri...
É nesse ar de cor e alegria que nasce a terapia para tudo o que me traz lágrimas...
Sabes, muitas vezes dou por mim a vaguear pelas ruas à procura de ti, não te vejo mas chega-me o teu perfume...
Sei que estás perto, mas não te persigo, apenas sigo o destino...
Apenas guardo as asas debaixo da roupa para que não saibas que sou o anjo que todas as noites te beija a face e te adormece na suavidade do silêncio.
Porque me olhas assim dessa forma?
Não entendes que a minha alma é demasiado frágil para suportar tanta beleza e doçura?
Como adormecer, como acordar se nos teus olhos, se na tua imagem me perco sempre que penso em ti...
Palavras ao vento...
Lanço-as tantas vezes ao céu que esqueço da dimensão que elas têm por vezes.
Sempre que vires uma estrela brilhante cair sobre o mar, já sabes...
É sinal que estou a escrever-te com fogo o que por ti sinto...
Gostava de ouvir o som que sai desses lábios de cada vez que respiras as minhas palavras...
Palavras essas só para te dizer que poderei ser sempre nota musical para te dar um sorriso quando estiveres triste e precisares de falar com alguém...
Afinal para que servem os anjos que todos os dias e noites ficam do nosso lado na intimidade de tudo aquilo que sentimos, senão para nos completar?
Noite e dia...
Para sempre viver na eternidade do sentir...