terça-feira, 24 de julho de 2007

Ser, sem ser...


É esta a solidão que acompanha os meus passos nos dias sem fim...
É este o grito de ninguém que me beija as lágrimas quentes acabadas de escorrer...
Afago ausente neste corredor longo de cor negra tal como loucura no final da tarde...
Sorriso lascivo...
Saciado pela minha dor gélida...
Escrevo estas folhas eternas,
Estas folhas sem cor nem dor
Que de ti falam e de ti bebem...
Que sentimento é este?
Porque me dás os gritos se os não posso gritar?
Porque esbracejas dentro de mim?
Porque procuras o meu corpo ardente durante a noite se o deixas antes de o sentires?
Pisas essa rua sem calçada,
Essa rua de uma noite sem lua.
És filha da madrugada insensata,
Essa que de manhã se levanta e deixa frios os lençóis da noite passada...
Tens sabor de mel...
Sabor de um tudo que existe sem nunca ter existido...
És e serás minha alma gémea sem nunca o teres sido...

3 comentários:

Tita disse...

essa imagem é linda, mas,pa mim acaba por n ser nada...

Anónimo disse...

citando:
"O poeta é um fingidor
Finge tão completamente
Chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente"
______________________________
dou-te a minha complacente mão,
o caminho é longo,
mas almejarás os teus sonhos!

Abraço,
da pequena

Daniel disse...

Ei amigo,
Eu não sei se já te disse mas ai vai,

Boa Sorte.