sábado, 28 de julho de 2007

Palavras vãs


Palavras foram réstias de esperança,
Foram redes separadas que se juntam tantas vezes insensatas.
Às vezes definem um contacto sem ligação,
Feito incorrectamente.
Actualizam sentidos mas tornam-se indisponíveis
Aos ajustes necessários feitos à alma do momento.
Deixam-se para depois.
Tenta-se mais tarde falar com elas,
Falar através delas num silêncio não correspondido.
Examinam-se e detectam-se falhas na linguagem.
Já não me redobram o ânimo,
Já não me pertencem,
Nem é seguro pensar nelas ou suportá-las.
Esqueco todos os procedimentos da escrita a partir daqui
Ja nao ha acentos nas palavras
Nem virgulas ou pontos finais
Choro-as tantas vezes
Que me esqueco do que sao
Beijos em vao no universo
Onde nao existo mais

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