quarta-feira, 18 de julho de 2007

Derrubar barreiras


Aproximo-me devagar
Das pedras de amargura
Sobre esta parede triste
Sem ternura.
Suas formas irregulares,
Minhas mãos delicadas
E confusas
Que procuram teu abraço
Sublime e eterno.
Estes tons de vermelho que visto
Servem para guardar a cor
Do teu coração no pôr-do-sol.
Meu rosto sem expressão
Tem as rugas invisíveis da saudade.
Trago no peito a loucura,
Nos olhos escondidos na parede
A tua imagem,
Nos lábios teu doce perfume,
Mel que vem só, na brisa.
Não escondo a minha dor,
Escondo apenas a certeza
Do mar que me enganou.
Levou-te na ondas,
Bebeu-te na espuma,
Roubou-me da tua presença,
Mas de mim não levou o amor.
Neste muro me detenho,
Me entrego à espera.
Não sonho para que voltes,
Porque sempre estiveste aqui.
Falta-me apenas
Que derrubes esta parede
Magicamente
E me abraces
Com a mesma segurança
De sempre...

4 comentários:

Maria P. disse...

Dificeis certas barreiras.


Bjos*

Tita disse...

complexo, mas ao mesmo tempo tao simples...

Tita disse...

tenho um desafio pra ti! passa no meu blog!

Bia disse...

as barreiras nem sempre são faceis de derrubar... mas para quem acredita tudo é possivel... e o tempo faz magia em nossas vidas.
um beijo